segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Novo padrão de plugues e tomadas




Fim dos choques, redução da perda de energia e do risco de curto-circuito. Esses são alguns dos benefícios do novo padrão de plugues e tomadas, que vem substituir os quase 20 modelos em uso atualmente no país. Apesar de as empresas de eletroeletrônicos só serem obrigadas a fabricar exclusivamente o novo padrão a partir de janeiro de 2010, já há produtos no mercado completamente adaptados.
“Os produtos com plugues de dois pinos já estão adaptados. Eu mesmo já comprei uma máquina de lavar roupa com o plugue de três pinos (em que um deles corresponde ao fio terra) dentro do novo padrão.
O consumidor já pode pedir ao lojista o produto com o novo plugue, pois os fabricantes já estão produzindo”, diz Gustavo Kuster, chefe da Divisão de Programas de Avaliação de Conformidade do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), órgão responsável pela normatização dos materiais.
O Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro), em sua última reunião, estabeleceu julho de 2011 como prazo final para a comercialização dos modelos antigos de plugues e tomadas por varejistas.
No atacado, esse prazo termina em outubro do ano que vem, inclusive para itens importados.
No novo padrão há apenas dois modelos de plugue, eliminando definitivamente os pinos chatos. Além do plugue, as novas tomadas têm um fosso que permite o encaixe integral.
“Essa valeta elimina o risco de choques e reduz a fuga de energia, o que leva à economia na conta de luz e reduz o risco de curto-circuito. Segundo o Corpo de Bombeiros, em dez anos ocorreram 40 mil incêndios na cidade de São Paulo, provocados por instalações elétricas inadequadas”, diz Kuster.
Ele lembra que, embora haja adaptadores já certificados pelo Inmetro, o ideal é a troca da tomada: “Só assim o consumidor terá realmente 100% de segurança. E não é preciso trocar todas as tomadas de uma vez. Isso pode ser feito conforme o consumidor for trocando seus eletroeletrônicos”.
Desde outubro de 2007, as construtoras já são obrigadas, por lei federal (11.337/2006), a adotar o novo modelo de tomadas e o aterramento nas novas construções. Mas quem mora em prédios antigos, sem o aterramento, Kuster lembra que este costuma ser um procedimento simples, feito por um eletricista: “Normalmente, basta passar um fio. E não é preciso fazer isso em todas as tomadas, apenas nas de equipamentos como geladeira, lava-roupas, ar-condicionado e micro-ondas”.
Segurança contra choque elétrico
Em função do rebaixo existente na configuração desta tomada, evita-se o contato com as partes energizadas dos plugues, fato este muito comum quando um plugue está parcialmente inserido na tomada ou quando ocorre uma inserção unipolar deixando um dos pinos energizado exposto ao contato do usuário.
- Inserção parcial: quando um plugue estiver parcial ou totalmente inserido na tomada, não pode permitir contato acidental com as partes vivas (energizadas);
- Inserção unipolar: não deve ser possível estabelecer ligação entre um pino de um plugue e o contato sob tensão de uma tomada enquanto o outro pino permanecer acessível.
Fonte: O Globo



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